quarta-feira, 13 de maio de 2009

PÓS-ULTRA-FREE-JAZZ

Meu irmão, ontem aconteceu algo realmente diferente.

A Hard Road voltou a ensaiar... é minha banda... vc não sabia? Pois é, fazemos uns "classicão" do rock... bem bacana...
Então... terça-feira, noite de ensaio. Ontem tinha mesmo que ser mais engraçado porque estávamos há 1 mês sem tocar...
O Magrello me pegou em casa, fomos para a padaria da praça... tomamos umas cervejas (e um conhaque) com o Paulinho e rumamos para o estúdio... adivinhe? chegamos e começamos a tomar outras cervejas... lá pelas 22:15 estávamos prontos para ensaiar. Sem compromisso, só tirando as teias... fizemos umas 5 músicas e toda aquela cerveja já estava me pesando na bexiga, sem contar a vontade de tomar mais uma latinha... pedi uma pausa e todos gostaram da idéia, só que um dos primeiros a sair da sala foi o Serginho, nosso baterista, seguido do Marcello... Cara, olhei pro Paulinho, pro Mindhu e saí correndo para a bateria...

Paulo: "mas o que que a gente vai tocar"?
Eu: sei lá... alguma coisa pesada... tipo um Jéiz
O Mindhu já sabe, de outros carnavais, que eu posso não saaber tocar bateria direito, mas se é pra fazer farofa no meio do ensaio... é comigo mesmo... então ele só ficou rindo e esperando o que ia acontecer...

Velho, se eu te conto vc não acredita:

Foi tão bom... mas tão bom... que nessas horas fico puto de não andar com um gravador qualquer... digital, walkman, tijolinho... qualquer coisa... mas precisava...

Foi 1 música, de uns 7 ou 8 minutos... com mais de uma dezena de nuances, com várias paradinhas que... se vc não for músico vai passar a vida duvidando de que foi um improviso...

Até o Marcello voltou e pegou minha guitarra pra dar mais "cor" na farofa!!!!

Em certo momento me enrolei num rolinho de bateria e acertei a mão no surdo... cortou a mão... começou a espirrar sangue... sujou toda minha bermuda... e eu não tava nem aí...

O Mindhu não costuma olhar muito para os lados quando toca, sabe... ele realmente entra na coisa e curte tudo o que pode... mas de vez em quando ele da umas espiadas...
daí ele me viu com a mão sangrando e começou a rir... o Paulo então...

O Magrello pra variar fez aquela cara de repreensão... mas eu sei que ele tava gostando...

... e outra parada... ...volta...

era impressionante... o Mindhu não passou batido de nenhuma parada... impressionante...
e o sangue espirrando... e eu me acabando...

bom... tivemos que parar... o limite foi minha bexiga mesmo...

quando paramos o Paulinho disse: Nossa, esse foi o Free Jazz mais free que já vi...

...né, essas são as pequenas coisas que mudam nosso humor!

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