segunda-feira, 27 de abril de 2009

Sol e Chuva...

Segunda-feira, depois de quase esmurrar meu celular/despertador pela terceira vez, resolvi levantar. Fui à cozinha ligar a cafeteira, chamei minha filha para a sala, preparei seu leite, sorri para a cachorra que estava na varandinha e, sonado que estava, não percebi 3 coisas importantíssimas:
1) A cachorra não respondeu meu sorriso. Ela estava com fome mesmo...
2) O leite havia acabado.
3) Estava chovendo...

aí começaram as encrencas:

Peguei o carro de minha muilher para ir até a padaria. Voltei.

Preparei o leite da Sarah. Ela tomou.

E comecei a me preparar psicologicamente para colocar a capa de chuva.
Sim, capa de chuva. Todos os dias vou trabalhar de moto. Demoro cerca de 15 minutos para colocar a tal capa de chuva...e demoro 20 minutos para chegar ao serviço.
daí vcs podem imaginar que eu não curto muito vestir esse troço.

Minha mulher perguntou se eu já havia dado o "café da manhã" para a cachorra(!). Disse que não.

Fui até a moto onde a capa estava caprichosamente dobrada e, constatei que a chuva já havia parado.

Maravilha! Me despedi das meninas, quase levei um capote daqueles porque minha moto está vazando óleo e eu não limpei a garagem no final de semana. Pisei, deslizei mas me segurei!
Saí apressado mas me defrontei com algo que deveria (também) ter feito no final de semana... há pelo menos três semanas... calibrar o pneu da moto que estava muito murcho. Fui ao posto.

Quando achei que estava tudo bem já estava chegando na Av. do Estado. Tudo preto.

O céu parecia estar com raiva de alguém (tipo eu). Ignorei.

Peguei o viaduto de acesso a av. das juntas provisórias e o céu cada vez mais escuro.

Entrei na av. Tancredo Neves e a garoa começou. Dei de ombros.

O segundo semáforo "amarelou" e junto com ele a chuva chegou. Avistei um posto de gasolina.

De imediato parei na frente da loja de conveniências. (ao meu lado estava um motoqueiro sem capa e um carro da PM com dois guardas me olhando com aquele olhar inquiridor). Caguei.

Comecei a me travestir de motoboy. Troquei algumas profundas palavras com o motoqueiro que estava lá... não sei ao certo mas falamos coisas bem interessantes do tipo: Pô... chuva é foda hein... Pô tomei um rola semana passada...
E assim preciosos 15 minutos haviam se passado... Sofri para fechar o ziper da barra da calça da capa por conta do meu pânceps avantajado, mas consegui.

Pronto traje completo... Galocha, capa, capacete luvas e...

e...

e...

e a tempestade se dissipou como um passe de mágica.

Para ter uma idéia, antes de chegar ao túnel que me leva à av. dos Bandeirantes, o chão, que estava úmido devido a recém acabada chuva, refletia o azul do céu com uma intensidade tão grande que eu lastimei não estar com minha câmera, pois seria uma das fotos mais bonitas que haveria de ter feito. Todo aquele trecho da avenida se iluminou de azul. Lindo. Paciência.

Cheguei no trabalho meia hora atrasado, com a capa de chuva seca e suado.

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